quinta-feira, 1 de abril de 2010

"De novo lembranças. Nem de todo ruins, pelo contrário, divertidíssimas, daquelas lembranças que dão água na boca.
O que é ruim são as lembranças que vêm a tiracolo, agarradas à primeira. Nos fazem perceber que tais lembranças ainda estão agarradas em nós, em nosso íntimo. Nos fazem sentir pena de nós mesmos, fazem-nos sentir impotentes e incapazes, imaturos e idiotas. Por vezes nos fazem acordar, abrir os olhos de uma maneira positiva, mas dessa vez não.
O ar parado da noite, como se o mundo tivesse tomado um susto. Como se espera o trovão depois do relâmpago, o estouro...
Momentos bons que tornam-se insuportáveis. Culpa, dúvida, saudade e teimosia.
Vontade de algo que não tem mais, acabou.
Vontade compartilhada. Não mais.
Vento, chuva e noite.
Café, macarrão e travesseiro.
Livro, blusa e abraço.
Uma parte da minha vida.
Não mais."

2 comentários:

  1. Sometimes we feel odd. Same time or not, is oddly a equal feeling. The ghost thing, the possibility thing, the empty, sulk thing... and the most: the trivial thing. The overpowering trivial.

    There is so little love in the world...

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