"Ouvindo skinhead reggae (ou early reggae, se preferir) pra combinar com o fim de tarde de luz perfeita e cerveja de quarta-feira, é inevitável não querer uma varanda de volta. Ou um quintal, quem sabe? Com um cachorro grande e amistoso deitado bem embaixo dos meus pés e os elementos que eu descrevi logo acima, seria perfeito.
Perfeito, sim. Eu não tocaria em mais nada, não alteraria nada, seria um fim de tarde perpétuo, infindável, imutável. Mais uma vez, perfeito.
Claro que tem mais um tanto de coisas que poderiam ser acrescentadas, por mim ou por você, muitas coisas. Só que dessa vez, elas não entrariam. O cenário perfeito seria esse e ponto.
Eu, cachorro, varanda, cerveja, musica e fim de tarde.
Poderia alternar o pôr do sol abafado com uma alvorecer gelado, a cerveja poderia revezar com canecas de café transbordando, a música também poderia mudar, sem problema. Até o cachorro; em vez de estar deitado, estaria com o rabo abanando e a língua de fora num sorriso bobo, coisas que só cães sabem fazer, e são os únicos que o fazem com a mais pura sinceridade.
Mas nada mais seria acrescentado, acredite. Por mais que você ache que eu vá me render e tecer um parágrafo dedicado a amores desconhecidos, está enganado.
Eu, cachorro, varanda, cerveja, musica e fim de tarde..."
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