quarta-feira, 11 de novembro de 2009

" De noite, depois de brigar um tempão com o lençol e o travesseiro, eu decidi me render, botar os óculos e levantar da cama. Duas e pouco da madrugada, com terapia marcada para as 7 e mais um pouco. Vamos lá.
Dessa vez o que me cutucava era a dúvida, semântica, ortográfica ou estrutural, talvez todas juntas, sobre meus escritos precários.
Quando eu escrevo "Eu acho, eu sinto, eu choro e etc", o faço no sentido de falar sobre mim ou de tentar fazer o leitor pensar em si? Se eu falar "Nós sentimos, gostamos, sorrimos, e etc", falo de mim e do leitor, do leitor e seu alguém, de mim e você?
Na tv dizem para desconfiar de pessoas muito simpáticas, muito prestativas, muito atenciosas. Quer dizer que agora as qualidades das pessoas, que já são coisas raras, devem ser motivo de desconfiança? Não era pra ser o contrário? Não seria melhor valorizar essas virtudes e espalhar sementes de coisas boas por toda parte?
Ainda bem que veio da tv, daí não preciso dar muito crédito. Medo é imaginar quantas pessoas levarão isso a sério.
Bota medo nisso."

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