"Escrever de manhã é sinal de unha encravada ou de zica no caminho. Parece crendice popular, sol com chuva, casamento de viúva. Mas então, sinal de que algo muito bom vai acontecer ou algo de muito chato está incomodando. Infelizmente fico com a segunda opção, mas vou tentar não deixar transparecer (mentira).
Acontece que acordei refazendo os passos que dei ontem, certos ou errados, diga-me quem tiver presenciado. A princípio, o que me tirou da cama foi o desvio de rumo, porque "não há outros motivos pra atrasar objetivos mais precisos" que te faça mais mal quanto aquele que te bota fazendo papel de bobo e de algo que você não é.
Aí tudo isso que você escutou sem precisar, sem ter dado motivo ou deixa para que falassem, te faz sentir feito um sapo trouxa que se deixou ser pego e socado dentro dum pote. Te faz sentir um mané, strictu sensu, que, mais uma vez, desvia tão facilmente dos objetivos.
Depois inventa moda, tentar reparar coisas que não aconteceram, à distância e fora de hora. E faz isso sabendo que não vai funcionar.
Sorte que depois de tudo vem um frase, uma só, que te enche os olhos e te faz precisar dum abraço. Daí toca um samba lindo e você vê que isso é que faz a poesia de viver.
E você vê que não fez nada de errado, não magoou ninguém.
Vê que você só foi você."
Nenhum comentário:
Postar um comentário