quarta-feira, 25 de agosto de 2010

caneca vazia de café

"Tá esquisito. Estranho e desconfortável.
Desde quando acabou a aula e pisei nos corredores? Talvez, não sei precisar. Não, antes um pouco...zumbido nos ouvidos, vontade de que o mundo se calasse e eu pudesse ouvir só o vazio na minha cabeça e o frio na minha barriga. Dessa forma eu poderia, quem sabe, descobrir a causa de ambos.
Frio na barriga igual quando entrava aluna nova na sala e você se apaixonava imediatamente. Igual mas diferente, porque não estava em sala e não tinha aluna nova. Diferente também porque é algo que justamente tenho me feito evitar; gostar e pensar em ficar a fim de alguém agora. De igual mesmo só o frio na barriga.
Senta no ônibus não há música no rádio que te faça sentir melhor ou que remeta a lugares mais legais. Tudo na rua fica melancólico apesar do céu azul, lindo.
Volta a mesma imagem na mente, da professora apresentando a Fernanda, lembro até hoje. Era mesmo uma gatinha, que não deu a mínima para o que eu ou alguém mais pudesse estar pensando. Mas enfim...
O negócio é que tem algo entalado e não consegui identificar onde está e o que é.
Deve ser o dilema que tanto falam, entre a razão e o coração, aquelas coisas todas coisas que ninguém entende, nunca. Será que é uma necessidade orgânica de ter alguém, que bate de frente com a vontade de ter foco para fazer o que precisa.
Existe um meio termo nisso? Existe uma condição que concilie? Existe um lugar que acolha os dois sentimentos?
Se for realmente um gostar, porque esse gostar "oculto"? Se for um conflito, que partes estão em atrito? E se referindo a quem? O quanto os olhos têm que ser mais abertos para que se consiga enxergar tais formas?
Ou será que tenho é que fechá-los de uma vez por todas?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário