domingo, 29 de agosto de 2010

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"Depois do sumiço de três dias, me chego à cadeira e vejo notícias e novidades de tirar o fôlego.
Não que o sumiço não o tenha me tirado antes, como nas fotos do post abaixo. Tirou e repôs, inflou de novo os pulmões que ofegavam por vento. Vento que me abafou os ouvidos para ouvir o silêncio lá longe, no cerrado.
Vento que sacudiu os bambus ao lado da casa, fazendo arrepiar e ansiar pelo jantar fumegante. Esse mesmo vento levou as nuvens para outro lugar que precisasse delas e nos deixou embaixo de um céu que, sem muito esforço, me deixou sem palavras.
Talvez fosse o vento, também, responsável por um presente inesperado, uma lembrança da grandeza do todo que contém o vento. Um presente frágil, juvenil, mas com uma força estupenda, uma energia impossível de contenção, que irradia pelo teu braço e te inebria e te amolece.
- Obrigado, pensei olhando para meu pulso, onde algo mais pulsava em sintonia.

Espero que essa grandeza que senti, assisti, toquei e agradeci, sirva a quem eu sei estar precisando.
Que sirva de abraço. Daqueles de saudade, preocupação e abrigo.
Que faça cafuné. Daqueles gentis e brincalhões.
Que aqueça. Como café e lenha no fogão.
Que anime. Igual fazem sorrisos misteriosos.
Que te empurre para a cama com uma certeza um pouco maior de que as coisas vão se resolver."






Meu eu de antes; que alguma dessas palavras te afaguem e acalmem.

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