"Domingo foi um dia bacana. Posso até dizer que foi perfeito, completo.
Uma tarde linda, um calor danado, cerveja gelada em quantidade, boa companhia que há tempos não se via.
Tinha um filhotinho de gente, de seis meses, olhando tudo com uma fome de ver que dava gosto. Sentia cada milímetro das coisas com os olhos, quase tirando pedaço. Não dava a mínima para nós, humanos adultos, babando contente sua vidinha que ali começava.
Como será que receberíamos essa dádiva de apenas olhar as coisas, sem ter aquela ânsia de entender ou dar sentido a tudo? Saberíamos aproveitar? Saberíamos ser daquela forma tão simples?
Esse filhote de gente é parte integrante de um casal de amigos que há tempos eu não via, reencontrados nesse domingo bacana. Foi ali o reparar no estado do dia, no céu, nos sorrisos das pessoas, na mesa colocada no meio da rua, porque na calçada o dono da casa em frente não gostava, da música espôntanea tocada pela turma lá dentro do buteco. Muito, mas muito longe de casa, mas sentia a antiga varanda tomando a vista, tamanha era a tranquilidade.
A hora de beber chegou e passou, sem susto, sem trauma e sem teimosia para acabar. Comer atum e tomar chope. Ouvir chorinho e ver mais amigos, boníssimos amigos. Encontrar novos amigos, uns que não saíam da memória; pessoas com sorrisos marcantes e todo aquele potencial para serem algo muito além de amigos."
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