"Eu quero ver, quando eu chegar, se eu te chamar para dançar, o que é que você vai dizer..." Porcaria de música que resolvi ouvir que me lembrou de uma ex namorada que, por mais que não me faça mais mal lembrar dela, o ruim é que, quando tenho esse tipo de constatação, geralmente me ocorre que seria uma boa hora para retomar contato. Me bate uma curiosidade amiga incessante, de saber o que de legal essa pessoa estará fazendo, quais as novidades, que rumo sua vida tomou, que passos novos e desafiadores ela teve ou espera coragem para dar! Essa vontade de bater papo, de falar o tradicional "Poxa, quanto tempo, e aí, comé que você vai!?"
No final das contas e meio do parágrafo, percebo que não tenho por que procurar por isso. Se fosse algo procurável, talvez eu teria tido uma pista melhor que uma música que nos foi comum há tanto tempo. Algo mais direto, palpável, talvez. Boto abaixo as vontades de escarafunchar as páginas da internet à procura dela; os papeizinhos que anda, em alguma caixa empoeirada, devem guardar um rabisco de algum telefone, os contatos que poderiam me dar sua pista, sue traço. Me contento com a lembrança.
Ao mesmo tempo lembro que uma lembrança semelhante resultou em não parar para matar a saudade de outro alguém, há muito mais tempo ido. Me fez lembrar que lembrança deve permanecer como lembrança, fazendo bem ou mal.
Troco a música, mudo a direção do olhar.
Tento olhar para dentro, para eu."
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