sexta-feira, 25 de junho de 2010

" Sem paranóia e sem perspectiva. Só indo adiante, olhando e tentando enxergar tudo que me apareça pela frente, sem remorso, lembrança ou expectativa.
Se algum desses itens se combinarem, mais força para entendê-los, menos racionalidade para lidar.
Acho que passei a fazer o que julgo bom, correto e inofensivo.
Como música simples num fim de tarde qualquer, um bairro quieto, uma padaria depois da fornada.
Que isso continue, eu agradeço!"

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Café da manhã com paranóia

"Aqui estou de novo, com a cabeça lembrando.
Não vou dizer que ela está lembrando o que não deveria, pois, como já disse, lembranças são assim, têm esse nome e significado justamente para virem à nossa cabeça e serem percebidas.
Se me fizeram mal ou bem, ainda não sei dizer.

Estou aqui, escrevendo estas palavras para justamente não escrever outra coisa em outro lugar, o que tem uma boa chance de me fazer mal. Mais uma vez eu estou com saudades , mas que vieram antes da lembrança tomar corpo, nome. Isso tudo voltou depois de ter ouvido falar de um acidente grave ocorrido lá pelos lados que ela vive. Sei que com ela não houve nada, uma vez que nem estava junto. Mas é inevitável, pelo menos para mim, associar coisas que não fazem sentido. A preocupação vem simplesmente do fato da pergunta que eu disse outro dia, e que ainda quero fazer.
Bom, já que não vou perguntar pessoalmente, pergunto aqui, o questionário que costumamos fazer a pessoas que não vemos há algum tempo e das quais nunca mais tivemos notícias. Não se trata de uma mensagem atravessada, pois nem mesmo sei se essa pessoa lê isso aqui. Também nem sei se gostaria de resposta. Trata-se de aliviar minha cabeça, talvez suprir meus dedos do vício de perguntar.

"E aí? tudo bom? Quanto tempo, hein? Tá morando no mesmo lugar? E o gato e o cachorrinho que você tinha arrumado? E a faculdade? Tá mais animada com o curso agora? E a cidade, mesma coisa? Tem aquela luz bonita ainda? Falar em luz, e tuas fotos? Participou de mais algum concurso? E na sua casa, tudo jóia? Teus pais tão bem? Mande um abraço quando falar com eles! E os filmes? Tem visto coisas boas? E no mais, algum estágio, projeto que está fazendo? Bom, é isso! Um abraço forte pra você! Te cuida!"

É mais um menos isso que tenho a perguntar, sem especular possíveis desdobramentos ou respostas. Eu queria perguntar e perguntei. Satisfez um pouco a paranóia.
Admito que isso soa carente, piegas. Admito que alguém possa ler e, eventualmente achar patético, o que eu não deixo de achar, em parte. Auto-piedade, burrice, drama, infantilidade - chamem do que acharem melhor.

Mas o que tenho certeza é o seguinte: isso é uma parte das coisas que tento cobrir com a máscara-muralha. É uma das partes da vida que inventamos de negar para evitar sentir. Não sei se funciona, mas acho que fazendo isso, por patético que seja, é bem melhor do que me esconder ou negar saudades. Melhor do que me negar a olhar a vida de frente."

terça-feira, 22 de junho de 2010

E teu dia, como foi?

"Hoje ele estava num humor, assim...ordinário. Tão comum em seu bem estar e resignação que as coisas e as leituras renderam bem.
Estava tudo tão azul, normal, sem frio nem calor, besta até certo ponto. Estava bom, pensou quando foi se deitar. Até procurou algo para se inquietar, mas não conseguiu uma palavra que pudesse deixá-lo chateado.
Um dia sem palavras ruins. Bom isso, anormal até.
Perguntou-se como era possível. Um dia sem palavras ruins mostra-se um dia com cerca de cinqüenta por cento menos palavras pronunciadas. Por sua vez, com metade das palavras não ditas, supõe-se que houve, nesse todo dia, menos ocasiões para palavras serem ditas - boas ou más. Buscando-se a causa de menos ocasiões propícias a palavras, pensou em dor de garganta. Mentira, está saudável como há tempos não ficava. Portanto, concluiu, a causa de menos palavras ditas em ocasiões de palavras foi sua falta de pessoas a quem dizê-las.
Percebeu, então, que não houve pessoas em seu dia. Nem chatas nem legais. Não houve. Passou o dia de boca fechada, falando algo sozinho, aqui e ali, comentando uma coisa qualquer consigo mesmo.
Percebeu que, se não houve pessoas boas ou más durante seu dia, na verdade não houve ninguém em seu dia. As palavras que pensa terem sido boas, na verdade não foram ditas, foram pensadas. Nem mesmo sozinho ele falou. E essa ilusão correu ao longo do dia, mascarando a vida à sua frente, de forma que ele não soube relembrar se realmente o dia foi azul, sem contratempos ou chuvoso.
Não sabia onde havia ido, não sabia se havia vivido.
Dormiu bem, vejamos como acorda."

Nota do tradutor

"Esse cara no texto acima se parece muito com o Limão, com a diferença que no dia dele (do Limão) há pessoas boas, sim. Indispensáveis e fundamentais, posso dizer com certeza.
O que talvez tenha em comum, é que ambos se mascaram. Ambos mascaram suas vidas com tapumes ou telas para não vê-la.
E mesmo que as vejam, se obrigam a não pensar nelas, o que acaba os fazendo não pensar neles mesmos.
Mas que bela dupla de imbecis."

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mombojó

"Eu quero ver, quando eu chegar, se eu te chamar para dançar, o que é que você vai dizer..." Porcaria de música que resolvi ouvir que me lembrou de uma ex namorada que, por mais que não me faça mais mal lembrar dela, o ruim é que, quando tenho esse tipo de constatação, geralmente me ocorre que seria uma boa hora para retomar contato. Me bate uma curiosidade amiga incessante, de saber o que de legal essa pessoa estará fazendo, quais as novidades, que rumo sua vida tomou, que passos novos e desafiadores ela teve ou espera coragem para dar! Essa vontade de bater papo, de falar o tradicional "Poxa, quanto tempo, e aí, comé que você vai!?"

No final das contas e meio do parágrafo, percebo que não tenho por que procurar por isso. Se fosse algo procurável, talvez eu teria tido uma pista melhor que uma música que nos foi comum há tanto tempo. Algo mais direto, palpável, talvez. Boto abaixo as vontades de escarafunchar as páginas da internet à procura dela; os papeizinhos que anda, em alguma caixa empoeirada, devem guardar um rabisco de algum telefone, os contatos que poderiam me dar sua pista, sue traço. Me contento com a lembrança.
Ao mesmo tempo lembro que uma lembrança semelhante resultou em não parar para matar a saudade de outro alguém, há muito mais tempo ido. Me fez lembrar que lembrança deve permanecer como lembrança, fazendo bem ou mal.

Troco a música, mudo a direção do olhar.
Tento olhar para dentro, para eu."

quarta-feira, 16 de junho de 2010

MIL VISITANTES!!!

"Que legal ver esse contadorzinho aqui ao lado marcado com 1003 visitas. Deveria significar algo mais do que as visitas?
Fico me perguntando, quantas são realmente visitas? Quantas são enganos?
E dessas visitas não-enganadas, quantas será que agradaram, satisfizeram, preencheram? Provocaram saudade ou lembrança? Irritaram ou desagradaram? Comentários foram poucos, mas substanciais, alguns muito enigmáticos. Todos sempre bem-vindos.

Não sei sobre vocês, mas quanto a mim, fiquem certos que vou continuar rabiscando aqui, enquanto puder."





*Obrigado, de novo.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Na boca do estômago, que arrepia.

"- E então, você vem? - disse para a amiga que há tanto não via.
- Poxa, cara, tô aqui te esperando! Vai demorar?!? - botando pressão no enrolado do fulano.
- Olha, vou te falar sério: fiquei aqui te esperando, mesmo sabendo onde você estava e que não viria. Sabia que não viria, por pena e por vergonha do que aprontou. - assim ficou registrado na secretária eletrônica.
- Não, já disse que não vamos nos ver mais. Aliás, nunca nos encontramos, portanto, não espere que eu apareça. - falou, terminando rápido para acabar algo que não devia ter começado.

É. Tem hora que penso nessas frases, sendo que talvez só tenha dito as duas primeiras, pelo que me lembre. Penso como devem ser ditas, essas e outras - até mais significativas - a todos os instantes do dia. Todos os dias.
De noite os temas talvez tornem-se mais extremos - alegria ou o oposto, preto no branco. A noite é boa pra intensificar as coisas.
Eu fico pensando em frases para dizer, se surgir a ocasião e se eu me lembrar, claro. Claro que não vou lembrar. Ocasião, como a palavra já se apresenta, é ocasião.
Nas ocasiões que tive soube dizer o que precisava ser dito, com a rispidez ou a ternura necessárias, em toda a intensidade que se pode esperar. Ouvi também respostas na mesma forma e teor.

Me pergunto se penso nessas frases por vontade de ter alguém para dizer ou apenas porque tenho imaginação fértil. Acho que um pouco dos dois, dessa vez sem pender para nenhum lado. Posso dizer com certeza que já tive momentos de dizer coisas assim, bonitas e inspiradoras. E posso dizer também que foram apenas momentos, em um caso ou outro. Bons e maus, dignos ou não de saudade. Tive e bastaram.
Houve também quase momentos, quase suspiros e palavras engasgadas, balbuciadas de cabeça baixa. Tive e tenho quase saudades, se é que isso existe. Que já tive um quase amor, isso é fato. Parece estranho, mas tive. Se ainda o tenho? Não sei responder. Acho que não tenho e nem terei a resposta. Nem sei se quero tal resposta.

Quero seguir, perguntando a mim mesmo o como seria das coisas, pessoas e lugares. O estranhar e entranhar antes durante e depois. Entranhar - dá frio na barriga isso.
Quero seguir assim, sorrindo besta para o céu em plena segunda-feira, fingindo que sou o Jimi hendrix do ponto de ônibus, o cronista do quarteirão.
Desse jeito eu levo bem as coisas, ou ao menos tenho levado, aprendendo à medida que sigo."

domingo, 13 de junho de 2010

Frio e 12 de junho

"Lá vem um post reclamão e depressivo. Não, nem tanto assim.
Contente por estar assim, sozinho, hoje? Não, claro que não. Mas reparou que usei 'sozinho' e não 'solteiro'? É, bem por aí...não digo o clássico, antes só do que mal acompanhado, mas digo que espero que uma hora eu divida os dias com alguém de verdade. Estar e juntar e fazer apenas por conveniência ou carência não é minha praia.
Ser junto é mais legal.

Hoje fiz coisas que não fazia há tempos - de visitar a casa de minha vó e minhas tias, conversar com papagaios, comer as primeiras jabuticabas temporonas e botar o jabuti pra andar, entre mil coisas mais. Sentar no sol sem pensar em nada, apenas em deixar-se inundar por aquele calor gostoso, intenso, contrastante com o vento frio da manhã. Chegar na cozinha e respirar fundo os vapores do refogado - alho e cebola roxa. Buscar isso e aquilo, ajudar, levantar e guardar. Esquentar o corpo e a alma. Encher o prato, repetir e repetir de novo.
Modéstia às favas, porque está tudo uma delícia!

Barriga cheia, pé na areia e direto pro bar. Cerveja e conversas. Sem dó e abusando da copa do mundo que me dá essa razão. Finjo que entendo de futebol, palpite e tudo mais. Risadas altas, contagiantes. Como sei e adoro fazer. Simplicidade em tudo, no pastel, no jiló, no copo e na acolhida. Pessoas boas, falíveis, também.

Voltar pra casa, comer de novo - terceiro, quarto tempo de prato. Deitar com preguiça e sem vergonha. Deixar os estudos para mais logo. Se enrolar nos cobertores, fazer o sábado parecer domingo à tarde. Acordar, parar de enrolar e se levantar. Lavar a cara e inventar algo. Tomar algum rumo, arrumar alguma coisa, dobrar uma camisa que seja. Retomar a música, dançar pelo corredor, sorrir pras paredes, feito bobo. Fiz isso sim.

Calçar sapato, pegar a chave e botar o pé na rua sem imaginar se ou aonde vai parar. Seguir, sentir e decidir.
Parar ali, onde hoje já esteve, rever caras sumidas, abraçar, sentir calor nesses abraços.

Fui, voltei, saí de novo, andei um bocado depois.
Parei aqui e ali, sentei, pensei, senti e voltei.
Estou aqui.
Modéstia às favas, ser junto é mais legal. Retomar a música, como sabemos e adoramos fazer."

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Ele já chegou quieto, calmo demais. Sentou no banco de cimento gelado, de costas para o sol, esperando que as portas se destrancassem e ele pudesse se aquietar lá dentro. Última cadeira, segunda fila.
Todos vão chegando, sonolentos e encolhidos debaixo dos moletons. Passam também grupos de outros, talvez mais jovens, e com certeza, muito mais felizes. Isto lhe faz repensar e relembrar tudo à sua volta, daqui até a porta de casa - o que ele tinha esquecido por um momento. Tinha conseguido sumir sem perder-se - concordava e completava frases, ria como se a conversa lhe causasse risadas. Ao mesmo tempo, estava em paz, neutro em si mesmo, sem pensamentos ativos.
Num instante já estava lá dentro, sentado, quieto e inquieto. Estava apreensivo e tentava racionalizar o motivo. Já sabia que não era pelo motivo que imaginava. Lembrou-se de uma ex-namorada que costumava dizer: "Quando fico assim, estranha, é porque algo de ruim vai acontecer." Estranho que o namoro terminou e ele trouxe isso consigo - a inquietação como aviso e as câimbras como castigo. Com o tempo aprendeu a usá-los a seu favor.
Noutro instante, tudo já ia acontecendo, se via de fora, sentado na janela às suas costas, olhando por cima de sua cabeça careca a aula e os debates inflamados sobre temas supérfluos.
Sua cabeça, ali na frente, fervilhava de divagações e comentários sobre os assuntos. Citava exemplos, rebatia respostas e até arriscava prever os rumos da conversa. Pensava em outras abordagens, esquecidas pela turba que expunha seus conhecimentos e pontos de vista. Isso tudo ele viu, dali da janela, alheio.
Dali ele pensava em simplicidade. Pensava em sair, pela janela mesmo, para outros endereços. Dali saíam soluções mais sensatas e humanas para seus próprios problemas. Ou pelo menos soluções em potencial. Sentado na janela atrás da última cadeira da segunda fila ele suspirou fundo e engoliu um suspiro engasgado que lhe vinha juntar com seu duplo ali embaixo. Evitou ser tragado de volta para a rotina que já o consome sem nenhuma satisfação.
Nesse instante fez-se uma pausa. Na aula, nas falas e nas tensões. Sorrisos de verdade surgiram em vários rostos, braços se espreguiçaram rumo ao sol bobo da manhã. Ele ainda se demorou ali, remexendo papéis que deveria devolver: um primeiro passo?
Devolvidos os papéis, pensou num café e se foi. Sentou-se com os seus. Nessa hora tudo se separou novamente, e ele se viu lá de cima, da beiradinha de alguma nuvem, olhando as conversas e risadas ali embaixo. Sorriu.
Desceu da sua nuvem, buscou suas coisas - água, papel e música - e tomou seu rumo. Não saiu à francesa, mas também não explicou suas razões. Um até amanhã bastou.
Um aceno, um olhar individual a quem olhava, uma explicação velada para aqueles que a pediram."

terça-feira, 8 de junho de 2010

"Just go for a ride...boa temática essa. tenho gostado e visto como tenho feito isso cada vez com mais frequência. e tenho visto e admitido o quanto tem me feito bem.

não tenho que arrumar namorada e, ao mesmo tempo, não tenho que ficar sozinho.
não tenho que guardar tanto rancor assim. e mesmo que eu guarde, que lembre ou faça pouco uso dele.
não preciso fazer sempre o melhor de mim. não preciso ter sempre um comentário inteligente na ponta da língua.
não tenho que lembrar de tudo.
não tenho que ir a todos os lugares ou ficar mais do que o que programado. também não tenho que ficar programando coisas, sejam elas: namoro, rolo, festa, cerveja, emprego, prova, post no blog ou hora de dormir.
não tenho que me sentir magoado, mas também não tenho que negar se me sentir assim.
não tenho sono e tem hora que não tenho é vontade de acordar.
tenho saudades mas não tenho que dar um nome a elas.
tenho coisas que precisam ser feitas, tenho coisas que poderia ter feito e não fiz, tem coisas que não deveria fazer e fiz assim mesmo.

tenho todas essas paranóias, mas não ligo se as cumpro, as faço, as apago.
tenho certeza de três coisas: sou humano, bom e falível."

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Foi lá com a intenção de amarrar as pontas soltas, como dizem por aí. Foi, chegou, olhou, buscou e abraçou. Sorriu, cantou e até chorou.
Teve hora que pensou em estender a estada, teve hora que quis nem ter ido.
No fim das contas, percebeu que na verdade, foi lá e desamarrou de vez as pontas. Desfez alguns laços criando outros. Desatou nós na garganta e aqueceu frios na barriga com abraços e beijos na testa.
Levou-se por todos os cantos que precisava ir ou que acabaram sendo visitados.
Reviu-se em pessoas há muito perdidas, reviu-se no passado, na mesmice que não desaparecera. Reviu-se e alegrou-se por admitir que amadurecera.
Entristeceu-se, em parte, por perceber que outros, tão cheios de potencial, continuavam iguais.
Apertou novas mãos de outras terras, comuns na coincidência.
Voltou-se para a direção de casa, respirou fundo o ar frio da manhã luminosa e atou às costas as alças da mochila, que pedia, inquieta, para cair de novo na estrada.
Fechou a porta atrás de si e desceu as escadas, de volta ao beliche, à colcha de retalhos, à sua janela e a sua nova vida."

terça-feira, 1 de junho de 2010

"Tem hora que o melhor a fazer é calar, Já tinha ouvido isso várias vezes; hoje constatei.
Constatei que silêncio te ajuda a conseguir visualizar o todo das coisas. Desde coisinhas bobas, brancas, até coisas que achamos enormemente ininteligíveis e poluídas.
Entende-se os todos que ali estão, se exibindo e zombando da nossa dificuldade em os ler.

Agora devo tentar outro patamar - o de transmitir esse silêncio a quem possa precisar. Um apoio nas costas antes de subir degraus altos ou uma mão estendida para vencer um
barranco.
Pretendo estar lá, à espera por quem quer que seja.
Em silêncio, sorrindo e disposto."