terça-feira, 11 de maio de 2010

terminando com !

"Frio em Belo Horizonte é, na minha opinião, paradoxal. Muito. A cidade continua linda, cheia de vida, mas essa vida corre sempre em direção às salas, escritórios e outros locais quentinhos. Não sentem o vento que vem avisar de olhar para cima, pro céu azul e pro horizonte límpido. Não enfrentam os bancos gelados em troca do abraço morno do sol.
As pessoas se empertigam, ficam lindas mesmo, mais do que nunca, elegantes. Mas é algo exagerado. Frio em BH é algo que se resolve com moletom, mas dá para constatar que algumas sensações térmicas são importadas. Outro paradoxo; entendo perfeitamente que todos ficam à espera para tirar tudo do armário, o que é ótimo! Botar as cobertas no sol, os gorros e meias para lavar, pendurar cabides com sobretudos enormes virados do avesso. Mas BH fria não exige um casaco para escaladas everésticas nem botas para neve.
De qualquer forma, é inegável a presença do frio. Que traz à vista outros paradoxos, como os botecos lotados, calçadas cheias e conversas altas.
Faz bem esse frio, vindo assim de supetão, talvez faça esse gelo que se forma no coração de alguns se quebrar. Talvez numa dessas lagarteadas ao sol, o gelo derreta e a frieza evapore e faça transbordar um monte de abraços. Quem sabe faz sorrisos olhares e amores pela rua afora!"

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