segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Poços de Caldas, 12 de janeiro

"Amores são justiças que se devem a quem se ama, a quem se é. Ser juntos, agarrados. Vigiando seus contornos velando seu sono e sonhos.
Amores e justiças que devem-se ser, mesmo após o fim. Depois do último abraço, sorriso, afago, desaforo ou suspiro. Depois da última lembrança ser atenuada. Devem-se sempre, enquanto alguém espera ou é esperado.
Justiças e amores devem-se até mesmo por surpresas ou calúnias. Devem-se e trocam de lugar e de dono. De alvo. Justiças fazem-se por seu dever, sua razão. Justiças e amores confusos, mal-entendidos e até mesmo inexistentes. Amores amigos, irmãos. Amores que pura e simplesmente despontam, duram vidas e idades, muitas vezes duram mais. Douram, iluminam, despertam. Que nos roubam sonos e sonhos ao mesmo tempo que embalam nossa noite num ninar morno, silencioso."

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